Personagem
O Coringa (como ficou conhecido no Brasil) ou Joker (em inglês: Joker, literalmente “piadista“) é um dos maiores vilões dos quadrinhos da editora norte-americana DC Comics, arqui-inimigo de Batman. Foi criado por Bill Finger e Bob Kane a partir de uma sugestão de Jerry Robinson, aparecendo pela primeira vez na revista Batman #1 (1940). Ele é um psicótico com uma aparência similar a um palhaço (cabelos verdes, pele branca e boca vermelha sempre sorridente), que busca sempre desafiar o Homem-Morcego, causando grandes danos em sua vida como deixar paralítica a Batgirl – Barbara Gordon – e matar Robin – Jason Todd – além da esposa do Comissário Gordon. É um dos personagens mais famosos dos quadrinhos. São raros os vilões que conseguem popularidade como ele, sendo considerado por muitos, como o mais célebre vilão das histórias em quadrinhos. O Coringa fora criado a partir de uma foto de Conrad Veidt no filme “The Man Who Laughs” (1928) trazida pelo roteirista Bill Finger, e uma carta de baralho trazida pelo desenhista Jerry Robinson.
Apesar de haver diversos relatos e histórias, a real origem do Coringa – assim como seu verdadeiro nome – ainda é um mistério. Apesar de em “Batman: A Piada Mortal” (1988) ele contar seu passado (a versão mais conhecida e aceita), na própria revista há um momento em que há confusão. Próximo do fim, na discussão sobre origens, o Coringa diz que ele próprio se confunde com o que ocorreu. “Não sei ao certo o que aconteceu. Às vezes me lembro de algumas coisas, às vezes não me lembro de nada… Se é para ter um passado, prefiro que seja um passado com múltiplas escolhas!“
Uma das versões fala de Joseph Kerr, uma criança problemática: vivia psicologicamente no seu mundo isolado após a separação de seus progenitores. Seu pai, em um momento de raiva, ao ver Joseph chorar, perguntou porque ele estava tão sério, e logo depois cortou a boca de seu próprio filho, deixando-o com uma cicatriz no lado esquerdo do rosto. As crianças com quem estudava o consideravam estranho, mas ele dizia que não era assim mas todos os demais o eram. Em resposta, sua colega disse que se todos eram estranhos e ele era o único normal, ele continuaria sendo considerado estranho. No mesmo dia, ele arrumou briga com um colega de escola e fez o garoto ir para o hospital e levar 12 pontos na cabeça. Após ter sido expulso de 3 escolas, desistiu dos estudos. Foi levado ao psiquiatra, mas nunca mudou sua personalidade estranha. Seu pai o considerava louco e desconsiderava ele como filho. Um dia, já atingida sua adolescência, ele fugiu de casa e incendiou a casa com seus pais dentro. Enquanto olhava a casa queimar cortou a outra parte de sua boca formando um sorriso completo em seu rosto. Nao se sabe o que fez em seguida: acredita-se que virou ladrão de joalherias e assumiu o nome de Jack Napier até se transformar no Coringa.
Outra versão diz que era um ex-engenheiro químico com uma família para sustentar, e que após ser demitido descobriu que sua mulher tinha câncer. Ele então buscou dinheiro para um tratamento, trabalhando como piadista, mas ninguém achava graça nele. Então se juntou com um grupo de ladrões e foi roubar uma fábrica química. Assumiu nesse dia o disfarce de um criminoso conhecido como Capuz Vermelho. Tentava assaltar uma fábrica e quando Batman e Robin invadiram o lugar, o Capuz Vermelho cai acidentalmente num tonel de produtos químicos. Foi dado como morto mas 10 anos depois ressurge completamente louco, com pele branca e cabelos verdes. Há ainda uma terceira versão, amplamente aceita, em que o Coringa tem seus problemas de infância (como contado na primeira versão), e ao crescer, decide roubar uma fábrica da companhia de cartas, para se vingar de sua demissão do cargo de engenheiro químico, e, ao tentar fugir, se joga em um duto que levava lixo tóxico proveniente do material de tintura das cartas. O resultado é o desconhecimento de seu paradeiro ao mesmo tempo que surge a nova figura: Cabelos verdes, lábios vermelhos e pele branca tornam-se a nova marca registrada do personagem.
Após roubar e matar diversas pessoas, ele encontrou seu nêmesis, seu equivalente contrário: o Batman (veja o review do Batman 1989 aqui). Daí em diante, o Coringa dedica sua vida a desafiar o herói e a combatê-lo, causando pânico e b para atingi-lo. Em sua primeira aparição nos quadrinhos, em 1940, o Coringa era um ladrão de joalherias, que matava as pessoas presentes no local do assalto. Nos anos 1940 e 50 o Coringa sempre aparentava morrer mas nunca recuperavam seu corpo. O personagem se alterou para uma versão mais amena em 1960 devido ao Comics Code Authority, que vigiava o conteúdo das histórias em quadrinhos. Voltou a uma versão próxima a original em 1973, quando Dennis O’Neil e Neal Adams criaram um Coringa maníaco homicida obcecado com Batman. Em 1953, a Editora Brasil-América Ltda., a EBAL, do Rio de Janeiro, que publicou as histórias em quadrinhos do Batman no Brasil decidiu que a palavra Curinga, o sinônimo correto para o Joker (em inglês), era muito feia e trocou-a por Coringa.
O alter ego do Coringa é Joseph “Joe” Kerr, ou no filme de 1989, Jack Napier. Como ando preguiçoso, vou copiar o trecho o qual falo um pouco do filme no posto Batman 1989 (veja aqui). Falando um pouco da película que inspirou a figura do review… Batman é um filme norte-americano de 1989, baseado no personagem da DC Comics com o mesmo nome, dirigido por Tim Burton. O filme é estrelado por Michael Keaton no papel principal, junto com Jack Nicholson, Kim Basinger, Robert Wuhl e Jack Palance. O filme, em que Batman lida com a ascensão de um criminoso fantasiado conhecido como “O Coringa“, é o primeiro da série de filmes Batman da Warner Bros. Depois que Burton foi contratado como diretor, Steve Englehart e Julie Hickson escreveu tratamentos para o filme antes de Sam Hamm escrever o primeiro roteiro. Batman não teve seu financimaneto de produção aprovado, até depois do sucesso de Beetlejuice (1988) de Burton. Uma lista contou com vários atores considerados para o papel de Batman. Nicholson aceitou fazer o papel do Coringa, sob condições estritas, que ditou um alto salário, uma parcela dos lucros de bilheteria, e seu cronograma de filmagem.
As filmagens ocorreram no Pinewood Studios entre outubro de 1988 e janeiro de 1989. O orçamento encaminhado foi de US$ 30 milhões a US$ 48 milhões, enquanto o 1988 Writers Guild of America forçou grevemente Hamm a abandonar. O roteiro foi reescrito sem créditos realizado por Warren Skaaren, Charles McKeown e Jonathan Gems. Batman foi um sucesso financeiro e crítico, ganhando mais de US$ 400 milhões no total de bilheterias. O filme recebeu várias indicações ao Saturn Award e uma indicação ao Globo de Ouro, e ganhou um Oscar. Ele também inspirou a premiada série animada, Batman: The Animated Series, abrindo o caminho para o DC Animated Universe, e influenciou Hollywood na mercadologia moderna e técnicas do desenvolvimento do gênero de filmes de super-heróis. Acabado o “copy & paste”, lá vamos nós outra vez…
Detalhes da Peça
Embalagem: O padrão das embalagens da série DX foi mantido, sendo uma caixa em formato estojo com fecho magnético (o famoso “ímã“) em uma coloração preta/grafite que lembra vagamente uma chapa de metal polido. Essas embalagens da linha DX são bem “clean” e “minimalistas“, sempre apresentando uma imagem do personagem ao fundo, meio “transparente” e sem muito destaque, o nome do personagem/franquia na parte de baixo da face da caixa, logos dos envolvidos – nesse caso DC Comics – logo da Hot Toys, logo da série DX e, por fim, a numeração do DX, que, nesse caso, se trata da oitava peça lançada (DX08). Topo e base da caixa são apresentados na cor roxa. Nas laterais o esquema minimalista segue, permanecendo apenas o logo do personagem.
Ao abrirmos a tampa encontramos um contraste mais sutil – quando comparada a caixa do Batman 1989 – com a parte externa, pois nos deparamos com uma parte interna totalmente roxa – com certeza, uma alusão ao casaco longo nesta cor, o qual ficou imortalizado pelo personagem (assim como o sobretudo amarelo de Dick Tracy) e, na parte de cima dessa tampa, encontramos os dizeres “Tell me something, my friend. You ever dance with the devil in the pale moonlight?” (algo como, “Diga-me uma coisa meu amigo. Você já dançou com o demônio sob a luz pálida do luar?“) e também temos um pequeno “Coringa-sinal” (possivelmente uma piada sem graça do vilão, imitando o famoso farol utilizado para chamar o Homem-morcego a ação o qual, quando colocado contra a luz, projeta o rosto do Coringa. Removendo essa primeira proteção, seguimos com o padrão em roxo e visualizamos a figura – tudo devidamente protegido por nichos de espuma – os quais também abrigam as mãos extras da figura e o seu chapéu. Na parte inferior desse primeiro nível de espuma, encontramos as peças restantes protegidas por um blister plástico contendo a capa e os demais acessórios.
Escultura: A Hot Toys, sem sombra de dúvidas, conseguiu captar com perfeição e assombroso realismo toda a “insanidade” da performance realizada por Jack Nicholson no filme de 1989 – e, diga-se de passagem, já era mais do que hora de termos esse ator imortalizado por uma bela peça da empresa. Esse é o grande destaque, a escultura da cabeça, famosa “headsculpt” a qual, além de possuir o sistema de movimentação dos olhos (PERS) – característica presente em todos lançamentos da série DX, a qual emprega um realismo muito maior a peça. O sorriso e a combinação de olhares que você consegue utilizar, trazem um tom “sombrio” e “insano” a peça, você perderá horas e mais horas tentando achar qual a melhor expressão para expor sua peça – a gama de possibilidades é imensa.
Pintura: De fato, grande parte do corpo – senão quase que todo – está coberto pelas roupas, luvas e afins. Sendo assim, a pintura facial é o que chama mais atenção nesta peça, trazendo com enorme realismo e atenção a maquiagem utilizada pelo ator no filme de Burton. A pele branca, o batom, a coloração dos dentes, as sobrancelhas arqueadas, tudo é de um realismo que beira o “estado da arte“. É possível percebermos o quanto a pintura da Hot Toys evoluiu, ao compararmos com a figura do Coringa – interpretado por Heath Ledger – também da linha DX, tendo sido o primeiro lançamento da série em 2009.
Articulações: Todas as articulações tradicionais de um Hot Toy estão presentes, porém, boa parte da mobilidade fica um pouco restrita pelos casacos de mangas longas – ainda assim, a figura dá um banho de “poseabilidade” (se me permitem o neologismo) quando comparada ao Batman 1989. Minha grande ressalva aqui é com relação a qualidade das pernas da figura, que parecem ser mais “finas” do que o normal nos corpos da Hot Toys e, devido a isso, trazem dificuldades em sustentar o peso da figura por si só, sem o auxílio da base.
Acessórios: Muitos itens foram inclusos nessa peça, permitindo uma enorme quantidade de “cenas” a serem recriadas com os mesmos. Além da base diferenciada com iluminação – alimentada por 3 pilhas AAA – comum a todas figuras DX, temos uma série de armamentos e acessórios utilizados pelo vilão no filme (todos muito bem executados e com grande nível de detalhamento e, convenhamos, um dos pontos fortes da Hot Toys é seu impressionante detalhismo e fidelidade com a qual reproduz armamentos), sendo: Uma bengala, uma pistola “falsa” (com direito a bandeirinha de “BANG“), uma pistola com um cano gigantesco (utilizada para derrubar a Bat-nave no filme), um megafone, um radio-transmissor, um detonador, uma máscara de gás, uma dentadura de brinquedo que funciona a corda, dois maços de dólares americanos e uma carta do Coringa.
Roupa/Vestimenta: Depois da pintura, é indiscutível que esse é o item que chama mais atenção na figura. Com dois casacos roxos longos, sendo um deles fechado como um sobre-tudo e o outro nos moldes de um “traje de gala“, podemos perceber que a figura promete neste quesito. Seja no detalhe do nó da gravata, no lenço e flor presentes na lapela do sobre-tudo, no perfeito caimento das calças, na camisa e colete, cada detalhe foi minunciosamente pensado – o que nos faz pensar o que vem por aí em termos de qualidade das roupas do próximo Coringa DX a ser lançado, a versão 2.0 do DX01 (veja aqui). É meus camaradas, Hot Toys, mais uma vez, mostrando que não brinca em serviço. E como não poderia deixar de comentar, os sapatos estão perfeitos, simples e muito bem feitos. Vale também mencionar o fato de como o ator era um pouco mais “barrigudo“, não poderia faltar o enchimento por baixo da camisa, criando aquele efeito de “pança“.
Ano de Lançamento e Fabricante: 2012, Hot Toys.
Dimensões: 30cm; 2Kg.
Escala: 1/6.
Valor: Atualmente você encontra a figura por R$ 789,99 na Toyshop Brasil.
Onde Comprar: a figura utilizada nesse review foi fornecida por nossa loja parceira, a Toyshop Brasil (não se esqueça de solicitar seu cupom de desconto aqui).
Considerações Finais:
Não tenho muito o que dizer, as imagens falam por si. Há tempos esperava uma homenagem a Nicholson com tamanha riqueza de detalhes e também, de extremo bom gosto. Seja para expor junto ao Batman 1989, ou apenas para os fãs do Coringa, peça mais do que obrigatória… já nasceu sendo um clássico (não pense duas vezes antes de garantir a sua)!
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